Um pouco de um Eduardo.

domingo, maio 22, 2005

Tempos de Ansiedade

Todo o tempo que tem um dia
Sol eu vejo e na noite dormiria
Se não fosse tal ansiedade
De viver a vida num só dia

Passa o tempo assim a correr
Segundos a crescer minutos a ceder
Se não fosse tal ansiedade
De tudo querer ao querer viver

O relógio assim vai contando
Horas se vão em tamanho desmando
Se não fosse tal ansiedade
Em que eu assim estou e assim ando

Falo do tempo é bem verdade
Disparato com o avançar da idade
No que eu quero e no que desejo
Que se revela na tal ansiedade

sexta-feira, maio 20, 2005

Princesinha

Não há dia que não te veja
E a minha alma não gagueja
Ao tentar descrever a tua beleza
No teu olhar na mais pura delicadeza

Perco-me nas nuances do teu rosto
Ora lívido, ora bem disposto
Num sorriso bem exposto
Para quem ama por gosto

Dou por ti mulher das histórias
De contos de que não há memórias
De haver mitos que são verdade
De seres mulher e seres felicidade

Não há dia que não te veja…
Novo alento assim o seja
Cada momento para ti olhar
E ver-me nessas histórias de encantar

terça-feira, maio 10, 2005

Dia das Estações

Geada, neblina, manhã de orvalho
Em toda a chuva, na qual encalho
Neste frio nervoso de Inverno
No qual tremo, no qual hiberno

Já é meio dia de Primavera
Dou comigo no verde da nova era
O sol já espirra com o nascer das cores
Os campos já se misturam em mil odores

Agora tarde de verão
De cedo te vejo solarenga
Do calor que já ferve o chão
Lá começou outra vez a moenga

Resguardo-me nesta noite de Outono
Onde as folhas caiem e eu tenho sono
De cinzento se pintam os céus
Enquanto alguns nas ruas abrem os chapéus