Um pouco de um Eduardo.

quarta-feira, outubro 31, 2007

O dia em que chegou o dia

Sabia que chegaria o dia
Em que a mão da razão me tocaria nas costas
E de uma forma perdida a realidade me abraçasse
Perguntando-me o que vivi eu no dia de amanhã
Se terá sido o dia em que tentei viver mais que a vida
Em que sorri entre lábios de tristeza e uma estranha alegria
Resignei-me e despontei as aguarelas quase secas de pensar
De me verem tão cinzento e sedento pela força que me faz caminhar
E aquela vontade de quem nos acompanha no silencio do pensamento
E nos entoa e grita do fundo que nos ameaça um dia tocar
Dai nasce aquele punho cerrado de mão aberta e pujante
Que agarra e enfrenta esse dia que vivo e teimo em passar
Porque hoje chegou esse dia
Em que amanhã sou eu que existo em que amanhã vou estar

quarta-feira, outubro 17, 2007

Pour toujours cette nuit

Tu sais est dans la nuit que je sens plus ton manque
je me rappelle que le monde existe pour quelque raison.
Les sourires il vient avoir avec moi
Comme une maison pleine d'amis
De bras ouverts je les reçois comme si dans mes bras t'avait à toi
Pour cette éternité qui est notre temps
Et dans le moyen d'eux nous rions et fêtons notre amour
comme deux enfants la récréation à dejouer
Demain de certitude qui sera nôtre
Parce qu'aujourd'hui nous sommes joints dans une nuit
que jamais plus va finir

Te escucho

Hoy me acuerdo de los días que han venido por la paz
Me acuerdo que las calles estaban desnudas y respiraban libertad
Mi fortuna mi voluntad estaba en tus manos llenas de sudor
En el pueblo se gritaba por tu nombre en vagas de amor.

Eres la esperanza que vive aún en la mirada del corazón
Hijos oriundos de la tierra que te creen la raíz de la razón
Grita y pone a caballo por los campos de la virtud
Y lo verás adelante que lo futuro es tu juventud.

Aún quédate por un momento en las palabras de ayer
Tus padres te enseñarán tu espíritu culpable de ver
El tiempo que no cambia para los que luchan
Pero traen felicitad y fuerza para los que escuchan

Hoy me acuerdo el día que viniste por mi paz……
Te escucho.

sábado, outubro 13, 2007

Hoje…Volto para ti amanha

Hoje vi que quando cai não era um dia diferente
Não chorei como quando o acontecia em criança
Também não te conhecia a ti nem a tua gente
Como nessa altura gostaria agora ser cavalo
Para poder fugir a tua imagem que me cansa
Cansa-me estes delírios e mãos tremulas
Que me acompanham a caminho de casa
Vou sozinho porque tu és a minha solidão
De ao afastar-me de ti encontrar-me a mim
Em pensamentos idílicos que te levam em vão
E nem imaginas o quanto ando…km de desilusão!
Nunca pensei que fosses chão sem terra
Terra minha que alimenta esta e aquela ilusão
Ensinou-me nas suas pisadas que toda a gente erra
E nela quanto mais em ti me afasto em ti deixo o coração

quinta-feira, outubro 11, 2007

Um bocado do teu gelado

Da-me um bocado do teu gelado
Da mesma forma quando me deste o primeiro olhar
Numa tarde de calor em que me desafiaste a dar as mãos
Juramos nesse pacto aquecermo-nos no nosso Inverno
Enquanto as tuas palavras juravam mudar o mundo
Eu conquistava terras de eternos sorrisos cor de luz
Sentíamos nos corações aquelas taquicardias de vontade
De ser mais do que nós…Sermos o outro!
Em cada dia que a vida nos leve a lugares incertos
Sabemos sempre onde nos encontrar pela geografia do amor
Por isso te peço que me dês um bocado do teu gelado
Porque não quero perder o sabor a ti.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Tomorrow..Ill be there

The day is gone for tomorrow
Flew in the dark wings of the moon
A stranger in a strange land he sits
On a rock of silence looking like a goon

How long can his legs and arms wait
Being doomed by dispair and lack of faith
A stranger in a rock tosses a dime
Guessing whatever it becomes in time

A journey of pacience in the realm of the night
The shadows of oblivious thoughts are dancing
The music that a stranger whistles so bright
That only tomorrow he will rise up and fight

domingo, outubro 07, 2007

Embriaguez sentimental

Olha como estou eu cansado
De respiração acelerada e magoada
No frio da manha inquieta e desolada
Que se abate sobre os corpos adormecidos
Faltam-me as forças como coirão ressacado
Que vomita da alma pensamentos sentidos

Toco o chão que se arrasta pró infinito
Mais do que o gemer pudesse eu dar um grito!
De me lembrar dos sinais que a idade me deu
E não consigo! E dói-me com tanto atrito!

Encostam-se as mãos suadas no rosto da porta
Que para alem de turva é uma vida torta
Deixa-me respirar só mais esta vez
Porque diz esta noite que o amanhã me conforta

quarta-feira, outubro 03, 2007

Cidade minha

Normal viver um dia
Neste dia em que faz sol e cai a chuva
Em que saio para rua em cada manhã
E só a tua ausência me surpreende
Vou ao encontro de toda aquela gente
Vou um pouco atrás um pouco a frente
Desta mexida urbana sem sentido
Que da vida as montras das lojas
E que sufocam os bancos dos autocarros
Neste barulho social em que cá vai mais um
Este que sou eu, que corre o olhar por ti
Cidade minha, tão diferente que te vestes desta gente
Vejo-te no rosto desta mulher que de irmã passou a tia
De forma igual foste tu menina em que em ti brincava
E como antes se faz o agora,em ti vivo e em ti sorria