Um pouco de um Eduardo.

terça-feira, março 29, 2005

Cinzas de mulher

Não me digas...
Que es mais uma cara bonita
Em que gastei tons de pastel
Feitos de frutuosa imaginação
Joguei-a á beira dos meus olhos
Onde a tua silhueta insinuante
Teima em tapar o sol crescente
E a ansiedade que pulsa no amor
Que em tal tingido desacerto
Sinto o forte bafejo da ilusão
Que se solta daquela caixinha
Com a qual tu assim te pintas
Disfarçando a lividez de espirito
Em retoques de tristeza e fragilidade
Assim la continuas tu
Com esse rosto contrafeito
Em que tantos como eu...
Apelidam de cara bonita

sábado, março 26, 2005

Pasta de dentes

Quantas pessoas, Quanta gente
Não viu o anuncio sorridente
Da boca para o mundo
Reluzindo pasta de dentes

Toda a brancura e frescura
Do limpa tudo que é eficiente
E nem sequer é detergente
Quanto mais pasta de dentes

Tira a gordura do fogão
Limpa a boca, limpa o chão
Deixe de boca aberta toda a gente
E nem sequer é pasta de dentes

Faz cozido, faz grelhado
Faz assim, faz assado
Deixe ao lume incandescente
E nem sequer é pasta de dentes

Seja boa, Seja má
O melhor é comprar já
Corram todos minha gente
Pode ser que seja pasta de dentes

segunda-feira, março 21, 2005

In a lifetime

As the sun breaks
Above the ground
My life seems to appear
It looks hallow to be found
But I know that im really here
And I walk to the sun
Like a last man wish
Under the barrel of a gun
Go, Find your way
Pull back your fear with rage
Cos i´ll have to find my way
See no time spelling my age
I´ll reach to that sun
Where my life has began

quarta-feira, março 16, 2005

From the eyes of love

From whole my life
I had a dream
See you in heaven
Being an angel to me
Touching the sky
Where all are free
Forging old memories
Always coming to me
Praying for love
The one that should be
This called my saviour
That I call and breed

segunda-feira, março 14, 2005

Cruzes canhoto, que o vento vai torto!

Cruzes canhoto, que o vento vai torto!
Nem chuva ou geada
Cala aquele velho naquela encruzilhada
Só lamúrias do frio de Dezembro
Agasalha as palavras e puxa mais vento

Cruzes canhoto que o vento vai torto!
Lá continua ele de pálpebras pesadas
Enregelando os ouvidos
Estalando os sentidos
De quem calcorreia a calçada

Cruzes canhoto que o vento vai torto!
Apregoa as tremuras
De uma manhã desaguisada
Que lhe come as palavras
Numa neblina cerrada

Cruzes canhoto que o vento vai torto!
Praguejar com o tempo
Com as intempéries da vida
Velho chato cheio de genica
Ele não se cala, mais grita!

Cruzes canhoto que o vento vai torto!
Raio do velho ali presente
Suspeito de aspecto confiante
Tenho quase a certeza
Que ele me viu resmungar aqui antes

Cruzes canhoto, que o vento vai torto!

sexta-feira, março 04, 2005

Estado de Formiga

Naquela secretaria de forma fechada
Sentada de forma ordeira e coordenada
Lá vão formulários em excedente
Para se amontoarem na cesta da papelada

O seu numero se faz favor
E por causa do frio ou do calor?
Preencha onde diz requerente
Passe ao lado que há mais gente

Uma duvida pode ajudar?
Sente-se e aguarde no seu lugar
O sr doutor mandou esperar
Aqueço o banco a desesperar

E assim levo com as formigas
Com as suas palavras e mais cantigas
Nas secretarias de forma fechada
Ali vendem e não recebo nada