Dia 1 de Novembro
As horas passam
Num relógio que comprei
Sem me lembrar que este é
Uma certidão de óbito
No qual vejo o tempo a passar
Lá vai ele com uma morbidez acertada
Cavando um sepulcro de tempo
Com uma espécie de ponteiro enxada
Pior o outro..ainda é pequeno e não anda..
Nos tenta enganar para não se fazer nada!
Foi corda dada ao acordar do dia
O tic tac é uma batida cadáver e fria
Que vai ter à noite da hora marcada
Ao encontro do dia 2 de Novembro
Um dia que fica bem estar morto..
Mas enquanto sentirmos o tempo..
A vida havemos de levar a bom porto!