Um pouco de um Eduardo.

domingo, junho 19, 2011

Casa de folha e papel

Reparei que alguem chamava por mim
Do outro lado da folha de papel
As suas palavras em ponte do seu ser aqui chegavam
A este lado que olhava a distancia deste papel
Que uma qualquer ligação entre dois
Nascia e renascia com a semente do verbo

Convidava a vincar os meus passos de homem
Pelo trilho de palavras inocentes mas sábias de coração
Que não receasse daqui visto o fino manto de gelo branco
Um atravessar de margem a margem a folha de papel vazia
Onde terei de partir pelas palavras que me chegam á pessoa
Afogando e gelando em cada passo este vazio branco

Torna-se assim ela uma superficie de pureza de cor branca
Sao os caminhos marcados pelas palavras até nós
Até nós chegam as palavras que não se fazem notar
Pela nossa transparencia que nao é branca ou papel
Em que nao ha lado nem margem entre dois nem um
Encontramo-nos por nós neste lugar em comum.

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