A que horas voltas?
Perde-se o tempo que por si teima em escassear
Enquanto alguém se senta no fio da navalha
Levando com os rombos clandestinos da natureza
Não pode vacilar nem abrandar ao ritmo das coisas
Ou tremer com o caminhar dos ponteiros do relógio
Apenas ali anichado, ao fio da navalha adornado
Nem se queixa de tão esperançado com o que pensa
No tempo que passou, no tempo que há-de vir
Sabe-o bem que não há caule sem raiz
Raiz que foi semente do primeiro segundo
Passaram com ele os minutos em marcha lenta
Chegam pela noção do tempo as horas
E lá continuo eu…Sem saber quando voltas
Os dias também se vão…lá os vejo eu num gume afiado
Não sei contar os quantos que ainda hão-de vir
Só e somente conto a ti…Que espero por ti amanhã.
Um pouco de um Eduardo.
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
sábado, fevereiro 12, 2005
Trocado em miudos
Diz-me rapaz que fazes aqui?
Raio do gaiato, chato do petiz!
Escreve umas palavras em errata
Depois fala mais do que o que diz
Traços e rabiscos em forma de palavra
Laivos de escrita sem qualquer raiz
Gastas a tinta e suas a mão pesada
Raio do gaiato, chato do petiz
Continuas com o papel a frente do nariz
Caneta desesperada, catraio feliz
Palavra amiga...Foi por um triz
Raio do gaiato, chato do petiz
Raio do gaiato, chato do petiz!
Escreve umas palavras em errata
Depois fala mais do que o que diz
Traços e rabiscos em forma de palavra
Laivos de escrita sem qualquer raiz
Gastas a tinta e suas a mão pesada
Raio do gaiato, chato do petiz
Continuas com o papel a frente do nariz
Caneta desesperada, catraio feliz
Palavra amiga...Foi por um triz
Raio do gaiato, chato do petiz
terça-feira, fevereiro 08, 2005
Abre-me a porta
Sou eu.....
Abre-me a porta
Não tenho frio, sou apenas eu
Aqui me tens num vão de escadas
De gabardine cerrada e maos entrelaçadas
Segue-me o olhar que se enleia na fechadura
Ouço esperança e tudo o que de mais dura
Um trinco cismado dá a volta ao silêncio
Diz-me...sou apenas eu, foi para que lado?
Barulho sentido ou então abafado...
As tuas paredes arrecadam a minha sombra
Inquieta em contornos de luz desfasada
Numa respiração que já foi ao tapete
Vejo eu uma porta fechada
Já me esqueci do toque da campainha
Como posso eu tocar de mãos entrelaçadas
Não se tocam por clemência
Mas por se sentirem unidas e amadas
Toca-me a mim o dia de amanhã
Sem paredes ou fechaduras
Ou outras palavras duras
Pareceu-me ouvir...
Es tu...podes entrar.
Segue por onde versa com o verbo amar
Abre-me a porta
Não tenho frio, sou apenas eu
Aqui me tens num vão de escadas
De gabardine cerrada e maos entrelaçadas
Segue-me o olhar que se enleia na fechadura
Ouço esperança e tudo o que de mais dura
Um trinco cismado dá a volta ao silêncio
Diz-me...sou apenas eu, foi para que lado?
Barulho sentido ou então abafado...
As tuas paredes arrecadam a minha sombra
Inquieta em contornos de luz desfasada
Numa respiração que já foi ao tapete
Vejo eu uma porta fechada
Já me esqueci do toque da campainha
Como posso eu tocar de mãos entrelaçadas
Não se tocam por clemência
Mas por se sentirem unidas e amadas
Toca-me a mim o dia de amanhã
Sem paredes ou fechaduras
Ou outras palavras duras
Pareceu-me ouvir...
Es tu...podes entrar.
Segue por onde versa com o verbo amar
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