Um pouco de um Eduardo.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Abre-me a porta

Sou eu.....
Abre-me a porta
Não tenho frio, sou apenas eu
Aqui me tens num vão de escadas
De gabardine cerrada e maos entrelaçadas
Segue-me o olhar que se enleia na fechadura
Ouço esperança e tudo o que de mais dura
Um trinco cismado dá a volta ao silêncio
Diz-me...sou apenas eu, foi para que lado?
Barulho sentido ou então abafado...
As tuas paredes arrecadam a minha sombra
Inquieta em contornos de luz desfasada
Numa respiração que já foi ao tapete
Vejo eu uma porta fechada
Já me esqueci do toque da campainha
Como posso eu tocar de mãos entrelaçadas
Não se tocam por clemência
Mas por se sentirem unidas e amadas
Toca-me a mim o dia de amanhã
Sem paredes ou fechaduras
Ou outras palavras duras
Pareceu-me ouvir...
Es tu...podes entrar.
Segue por onde versa com o verbo amar

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