Um pouco de um Eduardo.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Espero por ti amanhã

A que horas voltas?
Perde-se o tempo que por si teima em escassear
Enquanto alguém se senta no fio da navalha
Levando com os rombos clandestinos da natureza
Não pode vacilar nem abrandar ao ritmo das coisas
Ou tremer com o caminhar dos ponteiros do relógio
Apenas ali anichado, ao fio da navalha adornado
Nem se queixa de tão esperançado com o que pensa
No tempo que passou, no tempo que há-de vir
Sabe-o bem que não há caule sem raiz
Raiz que foi semente do primeiro segundo
Passaram com ele os minutos em marcha lenta
Chegam pela noção do tempo as horas
E lá continuo eu…Sem saber quando voltas
Os dias também se vão…lá os vejo eu num gume afiado
Não sei contar os quantos que ainda hão-de vir
Só e somente conto a ti…Que espero por ti amanhã.

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