Um pouco de um Eduardo.

terça-feira, agosto 24, 2010

Tenho de ir já são horas.

Tenho de ir já são horas.
Nunca a existência da vida enganou tão bem o tempo.
Uma desculpa decapada e esfomeada que esconde a flacidez em que se tornou o eterno.
Mas toda ela se mostra como fosse senhora de um Relogio divino,em que as horas criminosas não lhe roubaram ou mataram a vontade de encher o corpo do enebriante eterno.
Por isso.Na sua anatomia de sentimentos,encontra vezes sem conta este seu estigma de Peregrino redundante.Que faz das horas que ja são, as mesmas que já foram o seu dia e a sua noite, que tornam amanhã a escrever a sua vida pelas mesmas palavras, pela linha do eterno, em tempos que e preciso faze-lo porque já são horas.

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