Papá, Papá....
Tenho sono, mas não quero dormir
Tenho saudades e não te quero ver partir
Fica comigo com o teu ar sério ou em sorriso
Quero abraçar-te e nunca mais te largar
Quero viver tudo aquilo que prometeste
Pela tua vontade de tanto me amar
Papá, Papá…
Cada dia acordo com a buzina do teu carro
Até trocava os sapatos com a pressa de correr para ti
Pai é hoje que vamos á pesca?
Vamos galgar terra até chegarmos ao mar?
Tanto me faz! Qualquer coisa!
Apenas contigo quero estar!
Papá, Papá…
Nestas palavras falamos de nós
Memórias em que para ti não me canso de olhar
Por seres aquele que me deu a mão ao pular o tempo
Que para sempre não esquecerei que hei-de sempre te amar
Um pouco de um Eduardo.
sexta-feira, dezembro 28, 2007
domingo, dezembro 23, 2007
De vez em conto
Homem sem idade, louco, sábio…
Gafanhoto das estrelas
Deixa-me sentar junto a ti e ouvir
Ouvir esse teu conto de gente
Que fazem rufar os tambores
E as flautas esguias de estranhas melodias
Desenhas o nosso sonho alquimista
Em ventos de encantos criminosos
Traças, rostos calados no teu pó de pedra
Que se aprisionam nas nossas mentes silenciosas
Deixa-nos gritar por o nosso desejo de tremer
Assusta-nos como crianças fora do leito da mãe
Recomeça esses dizeres que o tempo te deixou nas mãos
Fala-me como fui um homem condenado…
Em que juntei-me nesse teu lugar mundo ao resto dos irmãos
Gafanhoto das estrelas
Deixa-me sentar junto a ti e ouvir
Ouvir esse teu conto de gente
Que fazem rufar os tambores
E as flautas esguias de estranhas melodias
Desenhas o nosso sonho alquimista
Em ventos de encantos criminosos
Traças, rostos calados no teu pó de pedra
Que se aprisionam nas nossas mentes silenciosas
Deixa-nos gritar por o nosso desejo de tremer
Assusta-nos como crianças fora do leito da mãe
Recomeça esses dizeres que o tempo te deixou nas mãos
Fala-me como fui um homem condenado…
Em que juntei-me nesse teu lugar mundo ao resto dos irmãos
sábado, dezembro 22, 2007
Acredito em ti
Acredito em ti, Acredito em ti
Deixa-me, que tu sejas feliz
Que possamos estar juntos num dia santo
Num dia em que o sol se mata
E que volte a nascer por esta coisa que nos une
Enquanto esse momento acontece
Que em nós viva esses abraços e beijos sentidos
Carícias que nos provoquem a alegria prometida
Que da tua boca soem as palavras que te fazem viva
Mulher que és minha e toda a tua alma despida
Acredito em ti…
Enquanto caminhamos na areia vincada pelo amor
São os nosso passos que nos fazem lembrar o amanhã
São as nossas mãos correntes que nos prendem ao destino
És a minha vontade, o meu prolongado desatino
Acredito em ti…
Porque amanhã serei eu como tu és para mim
Deixa-me, que tu sejas feliz
Que possamos estar juntos num dia santo
Num dia em que o sol se mata
E que volte a nascer por esta coisa que nos une
Enquanto esse momento acontece
Que em nós viva esses abraços e beijos sentidos
Carícias que nos provoquem a alegria prometida
Que da tua boca soem as palavras que te fazem viva
Mulher que és minha e toda a tua alma despida
Acredito em ti…
Enquanto caminhamos na areia vincada pelo amor
São os nosso passos que nos fazem lembrar o amanhã
São as nossas mãos correntes que nos prendem ao destino
És a minha vontade, o meu prolongado desatino
Acredito em ti…
Porque amanhã serei eu como tu és para mim
domingo, dezembro 16, 2007
Heroína, cocaína, ecstasy
Heroína, cocaína, ecstasy
Tudo e mais este pouco tomei
Para que viesses para dentro de mim
Tentei comprar-te em pequenas doses
Quando te queria toda em tamanho frenesim
Alucinei vontades tristes e efémeras euforias
Sentia-me um rei com um verdadeiro trono
Quando na verdade ia nu e só mesmo tu rias
Heroína, cocaína, ecstasy
Ressacado do speed ball que viveu em mim
Foste garrote apertado que me prendeu a vida
Quando para ti caminhava como amor suicida
Reparei que antes de em ti ser, já tinhas tido fim
Heroína, cocaína , ecstasy……
Tudo e mais este pouco tomei
Para que viesses para dentro de mim
Tentei comprar-te em pequenas doses
Quando te queria toda em tamanho frenesim
Alucinei vontades tristes e efémeras euforias
Sentia-me um rei com um verdadeiro trono
Quando na verdade ia nu e só mesmo tu rias
Heroína, cocaína, ecstasy
Ressacado do speed ball que viveu em mim
Foste garrote apertado que me prendeu a vida
Quando para ti caminhava como amor suicida
Reparei que antes de em ti ser, já tinhas tido fim
Heroína, cocaína , ecstasy……
sábado, dezembro 15, 2007
Testemunha da tua vida sem nome
Sou a tua testemunha de mais este dia
Em que o sol por ti passa nesse olhar desmaiado
O teu forte é essa cadeira sem braços que te apoiem
És um corpo pingado no pires da chávena desse café
Veneras o chão pelo qual tu te arrastas em cada segundo
Não te negas a viver o tempo seco e gélido que faz na tua boca
Levas uma vida mais cinzenta que o borrão desse cigarro
Esse que de incandescente se consome como fosse o teu farol
Faz-me um sinal se estas a sorrir ou se a morte te leva a dormir
Será que continuas contigo quando a noite cai e se correm persianas
És aquela figura que ficou semeada por algum medo numa cadeira
Da qual eu sou sua testemunha de hoje e de mais outros dias.
Em que o sol por ti passa nesse olhar desmaiado
O teu forte é essa cadeira sem braços que te apoiem
És um corpo pingado no pires da chávena desse café
Veneras o chão pelo qual tu te arrastas em cada segundo
Não te negas a viver o tempo seco e gélido que faz na tua boca
Levas uma vida mais cinzenta que o borrão desse cigarro
Esse que de incandescente se consome como fosse o teu farol
Faz-me um sinal se estas a sorrir ou se a morte te leva a dormir
Será que continuas contigo quando a noite cai e se correm persianas
És aquela figura que ficou semeada por algum medo numa cadeira
Da qual eu sou sua testemunha de hoje e de mais outros dias.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
A poesia foi feita prós feios
A poesia foi feita prós feios!
Em 30 anos ou mais de vida….
Nunca vi o Cyrano ou o Camões
Desfilar numa passerelle!
Mal fosse se assim o fosse!
Não tinha Cyrano que cheirar versos
Com a sua longa protuberância nasal
Ou não visse Camões o mundo com bons olhos!
Mal fosse se assim o fosse!
Se tal como esta capa de couro polido
Fossem as páginas interiores do meu livro
Acreditar que a poesia foi feita prós feios.
Em 30 anos ou mais de vida….
Nunca vi o Cyrano ou o Camões
Desfilar numa passerelle!
Mal fosse se assim o fosse!
Não tinha Cyrano que cheirar versos
Com a sua longa protuberância nasal
Ou não visse Camões o mundo com bons olhos!
Mal fosse se assim o fosse!
Se tal como esta capa de couro polido
Fossem as páginas interiores do meu livro
Acreditar que a poesia foi feita prós feios.
terça-feira, dezembro 11, 2007
Com esta vida
Com estas mãos, te toco
E pergunto-me quem és
Entre as impressões digitais
Com estes braços, te abraço
Procurando saber se te envolvo
Como o fiz daquela primeira vez
Com esta boca, te beijo
E tento saborear-te em cada momento
Que aconteceu este toque envergonhado
Com esta voz, te chamo
Esperando que venhas ter comigo
Para falarmos sobretudo de ti
Com esta cabeça, penso
Penso que…
Com estas mãos
Com estes braços
Com esta boca
Com esta voz
És aquilo que diz ser vida
E pergunto-me quem és
Entre as impressões digitais
Com estes braços, te abraço
Procurando saber se te envolvo
Como o fiz daquela primeira vez
Com esta boca, te beijo
E tento saborear-te em cada momento
Que aconteceu este toque envergonhado
Com esta voz, te chamo
Esperando que venhas ter comigo
Para falarmos sobretudo de ti
Com esta cabeça, penso
Penso que…
Com estas mãos
Com estes braços
Com esta boca
Com esta voz
És aquilo que diz ser vida
quinta-feira, novembro 01, 2007
Painkillers
You take me a mortal question
As i wake soaked up in my sweat
What the hell have I….
Looking to my hair getting thin
My memories come haunting me
And i ask to myself if i have some…
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
I see people laughing at my soul nudity
And i hide my own in the shadows of darkness
Where my youth becomes softer than the air
My fingers crawl in that room searchin for….
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
I wait in bleedin thoughts and i can´t stop thinking
Thinking about thinking when you become a healing
My eyes and palms are dripping guilt and innocence
Im just one more hell angel wating for the same….
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
Want you be my friend… I hope so if you are…
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
As i wake soaked up in my sweat
What the hell have I….
Looking to my hair getting thin
My memories come haunting me
And i ask to myself if i have some…
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
I see people laughing at my soul nudity
And i hide my own in the shadows of darkness
Where my youth becomes softer than the air
My fingers crawl in that room searchin for….
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
I wait in bleedin thoughts and i can´t stop thinking
Thinking about thinking when you become a healing
My eyes and palms are dripping guilt and innocence
Im just one more hell angel wating for the same….
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
Want you be my friend… I hope so if you are…
Painkillers my life is a mess
Painkillers im feeling nude
without nothing to dress
quarta-feira, outubro 31, 2007
O dia em que chegou o dia
Sabia que chegaria o dia
Em que a mão da razão me tocaria nas costas
E de uma forma perdida a realidade me abraçasse
Perguntando-me o que vivi eu no dia de amanhã
Se terá sido o dia em que tentei viver mais que a vida
Em que sorri entre lábios de tristeza e uma estranha alegria
Resignei-me e despontei as aguarelas quase secas de pensar
De me verem tão cinzento e sedento pela força que me faz caminhar
E aquela vontade de quem nos acompanha no silencio do pensamento
E nos entoa e grita do fundo que nos ameaça um dia tocar
Dai nasce aquele punho cerrado de mão aberta e pujante
Que agarra e enfrenta esse dia que vivo e teimo em passar
Porque hoje chegou esse dia
Em que amanhã sou eu que existo em que amanhã vou estar
Em que a mão da razão me tocaria nas costas
E de uma forma perdida a realidade me abraçasse
Perguntando-me o que vivi eu no dia de amanhã
Se terá sido o dia em que tentei viver mais que a vida
Em que sorri entre lábios de tristeza e uma estranha alegria
Resignei-me e despontei as aguarelas quase secas de pensar
De me verem tão cinzento e sedento pela força que me faz caminhar
E aquela vontade de quem nos acompanha no silencio do pensamento
E nos entoa e grita do fundo que nos ameaça um dia tocar
Dai nasce aquele punho cerrado de mão aberta e pujante
Que agarra e enfrenta esse dia que vivo e teimo em passar
Porque hoje chegou esse dia
Em que amanhã sou eu que existo em que amanhã vou estar
quarta-feira, outubro 17, 2007
Pour toujours cette nuit
Tu sais est dans la nuit que je sens plus ton manque
je me rappelle que le monde existe pour quelque raison.
Les sourires il vient avoir avec moi
Comme une maison pleine d'amis
De bras ouverts je les reçois comme si dans mes bras t'avait à toi
Pour cette éternité qui est notre temps
Et dans le moyen d'eux nous rions et fêtons notre amour
comme deux enfants la récréation à dejouer
Demain de certitude qui sera nôtre
Parce qu'aujourd'hui nous sommes joints dans une nuit
que jamais plus va finir
je me rappelle que le monde existe pour quelque raison.
Les sourires il vient avoir avec moi
Comme une maison pleine d'amis
De bras ouverts je les reçois comme si dans mes bras t'avait à toi
Pour cette éternité qui est notre temps
Et dans le moyen d'eux nous rions et fêtons notre amour
comme deux enfants la récréation à dejouer
Demain de certitude qui sera nôtre
Parce qu'aujourd'hui nous sommes joints dans une nuit
que jamais plus va finir
Te escucho
Hoy me acuerdo de los días que han venido por la paz
Me acuerdo que las calles estaban desnudas y respiraban libertad
Mi fortuna mi voluntad estaba en tus manos llenas de sudor
En el pueblo se gritaba por tu nombre en vagas de amor.
Eres la esperanza que vive aún en la mirada del corazón
Hijos oriundos de la tierra que te creen la raíz de la razón
Grita y pone a caballo por los campos de la virtud
Y lo verás adelante que lo futuro es tu juventud.
Aún quédate por un momento en las palabras de ayer
Tus padres te enseñarán tu espíritu culpable de ver
El tiempo que no cambia para los que luchan
Pero traen felicitad y fuerza para los que escuchan
Hoy me acuerdo el día que viniste por mi paz……
Te escucho.
Me acuerdo que las calles estaban desnudas y respiraban libertad
Mi fortuna mi voluntad estaba en tus manos llenas de sudor
En el pueblo se gritaba por tu nombre en vagas de amor.
Eres la esperanza que vive aún en la mirada del corazón
Hijos oriundos de la tierra que te creen la raíz de la razón
Grita y pone a caballo por los campos de la virtud
Y lo verás adelante que lo futuro es tu juventud.
Aún quédate por un momento en las palabras de ayer
Tus padres te enseñarán tu espíritu culpable de ver
El tiempo que no cambia para los que luchan
Pero traen felicitad y fuerza para los que escuchan
Hoy me acuerdo el día que viniste por mi paz……
Te escucho.
sábado, outubro 13, 2007
Hoje…Volto para ti amanha
Hoje vi que quando cai não era um dia diferente
Não chorei como quando o acontecia em criança
Também não te conhecia a ti nem a tua gente
Como nessa altura gostaria agora ser cavalo
Para poder fugir a tua imagem que me cansa
Cansa-me estes delírios e mãos tremulas
Que me acompanham a caminho de casa
Vou sozinho porque tu és a minha solidão
De ao afastar-me de ti encontrar-me a mim
Em pensamentos idílicos que te levam em vão
E nem imaginas o quanto ando…km de desilusão!
Nunca pensei que fosses chão sem terra
Terra minha que alimenta esta e aquela ilusão
Ensinou-me nas suas pisadas que toda a gente erra
E nela quanto mais em ti me afasto em ti deixo o coração
Não chorei como quando o acontecia em criança
Também não te conhecia a ti nem a tua gente
Como nessa altura gostaria agora ser cavalo
Para poder fugir a tua imagem que me cansa
Cansa-me estes delírios e mãos tremulas
Que me acompanham a caminho de casa
Vou sozinho porque tu és a minha solidão
De ao afastar-me de ti encontrar-me a mim
Em pensamentos idílicos que te levam em vão
E nem imaginas o quanto ando…km de desilusão!
Nunca pensei que fosses chão sem terra
Terra minha que alimenta esta e aquela ilusão
Ensinou-me nas suas pisadas que toda a gente erra
E nela quanto mais em ti me afasto em ti deixo o coração
quinta-feira, outubro 11, 2007
Um bocado do teu gelado
Da-me um bocado do teu gelado
Da mesma forma quando me deste o primeiro olhar
Numa tarde de calor em que me desafiaste a dar as mãos
Juramos nesse pacto aquecermo-nos no nosso Inverno
Enquanto as tuas palavras juravam mudar o mundo
Eu conquistava terras de eternos sorrisos cor de luz
Sentíamos nos corações aquelas taquicardias de vontade
De ser mais do que nós…Sermos o outro!
Em cada dia que a vida nos leve a lugares incertos
Sabemos sempre onde nos encontrar pela geografia do amor
Por isso te peço que me dês um bocado do teu gelado
Porque não quero perder o sabor a ti.
Da mesma forma quando me deste o primeiro olhar
Numa tarde de calor em que me desafiaste a dar as mãos
Juramos nesse pacto aquecermo-nos no nosso Inverno
Enquanto as tuas palavras juravam mudar o mundo
Eu conquistava terras de eternos sorrisos cor de luz
Sentíamos nos corações aquelas taquicardias de vontade
De ser mais do que nós…Sermos o outro!
Em cada dia que a vida nos leve a lugares incertos
Sabemos sempre onde nos encontrar pela geografia do amor
Por isso te peço que me dês um bocado do teu gelado
Porque não quero perder o sabor a ti.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Tomorrow..Ill be there
The day is gone for tomorrow
Flew in the dark wings of the moon
A stranger in a strange land he sits
On a rock of silence looking like a goon
How long can his legs and arms wait
Being doomed by dispair and lack of faith
A stranger in a rock tosses a dime
Guessing whatever it becomes in time
A journey of pacience in the realm of the night
The shadows of oblivious thoughts are dancing
The music that a stranger whistles so bright
That only tomorrow he will rise up and fight
Flew in the dark wings of the moon
A stranger in a strange land he sits
On a rock of silence looking like a goon
How long can his legs and arms wait
Being doomed by dispair and lack of faith
A stranger in a rock tosses a dime
Guessing whatever it becomes in time
A journey of pacience in the realm of the night
The shadows of oblivious thoughts are dancing
The music that a stranger whistles so bright
That only tomorrow he will rise up and fight
domingo, outubro 07, 2007
Embriaguez sentimental
Olha como estou eu cansado
De respiração acelerada e magoada
No frio da manha inquieta e desolada
Que se abate sobre os corpos adormecidos
Faltam-me as forças como coirão ressacado
Que vomita da alma pensamentos sentidos
Toco o chão que se arrasta pró infinito
Mais do que o gemer pudesse eu dar um grito!
De me lembrar dos sinais que a idade me deu
E não consigo! E dói-me com tanto atrito!
Encostam-se as mãos suadas no rosto da porta
Que para alem de turva é uma vida torta
Deixa-me respirar só mais esta vez
Porque diz esta noite que o amanhã me conforta
De respiração acelerada e magoada
No frio da manha inquieta e desolada
Que se abate sobre os corpos adormecidos
Faltam-me as forças como coirão ressacado
Que vomita da alma pensamentos sentidos
Toco o chão que se arrasta pró infinito
Mais do que o gemer pudesse eu dar um grito!
De me lembrar dos sinais que a idade me deu
E não consigo! E dói-me com tanto atrito!
Encostam-se as mãos suadas no rosto da porta
Que para alem de turva é uma vida torta
Deixa-me respirar só mais esta vez
Porque diz esta noite que o amanhã me conforta
quarta-feira, outubro 03, 2007
Cidade minha
Normal viver um dia
Neste dia em que faz sol e cai a chuva
Em que saio para rua em cada manhã
E só a tua ausência me surpreende
Vou ao encontro de toda aquela gente
Vou um pouco atrás um pouco a frente
Desta mexida urbana sem sentido
Que da vida as montras das lojas
E que sufocam os bancos dos autocarros
Neste barulho social em que cá vai mais um
Este que sou eu, que corre o olhar por ti
Cidade minha, tão diferente que te vestes desta gente
Vejo-te no rosto desta mulher que de irmã passou a tia
De forma igual foste tu menina em que em ti brincava
E como antes se faz o agora,em ti vivo e em ti sorria
Neste dia em que faz sol e cai a chuva
Em que saio para rua em cada manhã
E só a tua ausência me surpreende
Vou ao encontro de toda aquela gente
Vou um pouco atrás um pouco a frente
Desta mexida urbana sem sentido
Que da vida as montras das lojas
E que sufocam os bancos dos autocarros
Neste barulho social em que cá vai mais um
Este que sou eu, que corre o olhar por ti
Cidade minha, tão diferente que te vestes desta gente
Vejo-te no rosto desta mulher que de irmã passou a tia
De forma igual foste tu menina em que em ti brincava
E como antes se faz o agora,em ti vivo e em ti sorria
sábado, setembro 29, 2007
Hora marcada
Já me ouviste falar da noite
Daquelas horas magicas
Em que vou ao teu encontro
Sei que lá por alguma razão estás
Pergunto-me se esse será o nosso tempo
Que me prometes em palavras gastas
Mas são elas o nosso leito de amor pobre
Nele tenho vivido em rezas de desejos eternos
Mais do que cruzarmo-nos nos olhares alheios
Podermos ter aquele prémio de sermos vida
Porque não esqueci, e vejo-me em ti remar
Nesta agua que bebo, nos teus passos solitários
E eu estou ali e tu por ali estás naquela espera
Em que sigo-te naquele piso de formas diferentes
Que nos aproxima por uma vontade tão igual
Somos os dois que vamos ao encontro de cada qual
Naquelas horas mágicas sobre o signo da nossa noite
Daquelas horas magicas
Em que vou ao teu encontro
Sei que lá por alguma razão estás
Pergunto-me se esse será o nosso tempo
Que me prometes em palavras gastas
Mas são elas o nosso leito de amor pobre
Nele tenho vivido em rezas de desejos eternos
Mais do que cruzarmo-nos nos olhares alheios
Podermos ter aquele prémio de sermos vida
Porque não esqueci, e vejo-me em ti remar
Nesta agua que bebo, nos teus passos solitários
E eu estou ali e tu por ali estás naquela espera
Em que sigo-te naquele piso de formas diferentes
Que nos aproxima por uma vontade tão igual
Somos os dois que vamos ao encontro de cada qual
Naquelas horas mágicas sobre o signo da nossa noite
domingo, setembro 02, 2007
Vita et Vita
Imponente violenta e valente vontade se ergue o mundo
Em tal espectro de pasmado estou eu debaixo dos seus olhos
Viajo eu no seu sopro do infinito pujante oriundo
Nos seus sapatos de caminhos trilhados e saia de mil folhos
Marca em mim aquelas imagens do povo das estrelas
Da raça do deus sol e do leite da mãe lua
Entoa na alma as cores que a natureza anseia em vê-las
Nas mãos do meu passo decorado na rua
E este o seu desejo de ver um filho partir em si
Em tamanha ambição corajosa e desgarrada
Vê–lo abraçar a verdade que para todos está ali
De nos seus braços na felicidade dele se veja amada
Em tal espectro de pasmado estou eu debaixo dos seus olhos
Viajo eu no seu sopro do infinito pujante oriundo
Nos seus sapatos de caminhos trilhados e saia de mil folhos
Marca em mim aquelas imagens do povo das estrelas
Da raça do deus sol e do leite da mãe lua
Entoa na alma as cores que a natureza anseia em vê-las
Nas mãos do meu passo decorado na rua
E este o seu desejo de ver um filho partir em si
Em tamanha ambição corajosa e desgarrada
Vê–lo abraçar a verdade que para todos está ali
De nos seus braços na felicidade dele se veja amada
sábado, setembro 01, 2007
Dorme
Dorme, dorme
O mundo comeu a fome!
Dorme, dorme
Partiu-se o último soldadinho de guerra!
Dorme, dorme
A criança tem um saco cheio de sorrisos!
Dorme, dorme
A inveja foi presa por excesso de velocidade!
Dorme, dorme
A doença é a força de estar vivo!
Dorme, dorme
Os gritos são as vozes do riso!
Dorme, dorme
O amor pediu boleia ao coração!
Dorme, dorme
Porque o homem já não é o papão!
Dorme, dorme.
O mundo comeu a fome!
Dorme, dorme
Partiu-se o último soldadinho de guerra!
Dorme, dorme
A criança tem um saco cheio de sorrisos!
Dorme, dorme
A inveja foi presa por excesso de velocidade!
Dorme, dorme
A doença é a força de estar vivo!
Dorme, dorme
Os gritos são as vozes do riso!
Dorme, dorme
O amor pediu boleia ao coração!
Dorme, dorme
Porque o homem já não é o papão!
Dorme, dorme.
história
Cruzei-me aqui com uma história de um entretanto
Reparei naquele alpendre e convidei-me por lá me sentar
Procurei no bolso esquerdo caneta e um pouco de papel ou tanto
Em palavras desenhei os teus contornos e cantigas de embalar
Como aquele saudosista que se ergue nos rochedos sobre o mar
Tentei recordar-te tal como pátria distante e coração desfraldado
Quando um dia foste o meu primeiro mundo e canto resguardado
Caminhei eu em ti caravela dos afortunados e sorrisos de encantar
Lancei-me então naquela velha vontade de rasgar ao longe o céu
Passou o dia, passou a noite e mais toda aquela coisa sem nome
E foram tantas aquelas que de si contaram sem deixar cair o véu
Mistérios, hemisférios, e aquele toque que ao longe quase se some
Vamos então começar do principio de mãos dadas com a infância
Era uma vez tu e eu e aquele saco de magia de A E I O U
De onde tiravas aquelas letras de uma ansiada ignorância
Estando eu ali sentado a espera de me contarem alguém como tu
Reparei naquele alpendre e convidei-me por lá me sentar
Procurei no bolso esquerdo caneta e um pouco de papel ou tanto
Em palavras desenhei os teus contornos e cantigas de embalar
Como aquele saudosista que se ergue nos rochedos sobre o mar
Tentei recordar-te tal como pátria distante e coração desfraldado
Quando um dia foste o meu primeiro mundo e canto resguardado
Caminhei eu em ti caravela dos afortunados e sorrisos de encantar
Lancei-me então naquela velha vontade de rasgar ao longe o céu
Passou o dia, passou a noite e mais toda aquela coisa sem nome
E foram tantas aquelas que de si contaram sem deixar cair o véu
Mistérios, hemisférios, e aquele toque que ao longe quase se some
Vamos então começar do principio de mãos dadas com a infância
Era uma vez tu e eu e aquele saco de magia de A E I O U
De onde tiravas aquelas letras de uma ansiada ignorância
Estando eu ali sentado a espera de me contarem alguém como tu
sexta-feira, agosto 10, 2007
Um acaso de um caso
Sabes, ainda bem que te encontro…
Apetece-me falar de amor
A noite de ontem foi suada e esquisita
E na altura pareceu-me ser aquele calor
Espera não te assustes com o breve silêncio!
Tanta é a vontade de falar dos mundos passados
Que preciso de olhar-te como se fosses ontem
Em que em ti dormia em sonhos abençoados
Queres sorrir enquanto o teu café arrefece
Então fa-lo, enquanto te meto adoçante no coração
Dois dedos de conversa e uma dose de nós os dois
Meias palavras para que ontem tenha uma razão
Hoje acordei com este sabor a ti na boca
Pensei que hoje devias de estar rouca
Porque ontem fingimos que falávamos de amor
Os dois tal louco e louca, num encontro com aquele calor
Apetece-me falar de amor
A noite de ontem foi suada e esquisita
E na altura pareceu-me ser aquele calor
Espera não te assustes com o breve silêncio!
Tanta é a vontade de falar dos mundos passados
Que preciso de olhar-te como se fosses ontem
Em que em ti dormia em sonhos abençoados
Queres sorrir enquanto o teu café arrefece
Então fa-lo, enquanto te meto adoçante no coração
Dois dedos de conversa e uma dose de nós os dois
Meias palavras para que ontem tenha uma razão
Hoje acordei com este sabor a ti na boca
Pensei que hoje devias de estar rouca
Porque ontem fingimos que falávamos de amor
Os dois tal louco e louca, num encontro com aquele calor
quarta-feira, julho 11, 2007
Ser humano
Hoje o mundo sonhou que não acordava
E uma voz dentro dele vociferava
A mãe de todas as coisas para o berço olhava
Chorava o céu porque nada em si já brilhava
As crianças nuas caminhavam num futuro desalento
As portas das casas batiam e não era pelo vento
O homem escondia-se nas torres de marfim
A humanidade rezava e pedia pelo seu fim
Foi então num fogo de coragem e de vontade
Que uma voz entoou, em tamanho desmando de liberdade
Trouxe olhares e forças que nos fez seguir viagem
Incautos agarraram a cauda da vida e toda a sua imagem
Todas as coisas aconteceram e assim o mundo o viu
Que pela vida o céu brilhou e para ela sorriu
Na caixa de pandora voltou a essência de quem sonhou
Pela virtude de quem a abriu e que para sempre o mundo amou
Para
http://sonhodesonhar.blogspot.com/
E uma voz dentro dele vociferava
A mãe de todas as coisas para o berço olhava
Chorava o céu porque nada em si já brilhava
As crianças nuas caminhavam num futuro desalento
As portas das casas batiam e não era pelo vento
O homem escondia-se nas torres de marfim
A humanidade rezava e pedia pelo seu fim
Foi então num fogo de coragem e de vontade
Que uma voz entoou, em tamanho desmando de liberdade
Trouxe olhares e forças que nos fez seguir viagem
Incautos agarraram a cauda da vida e toda a sua imagem
Todas as coisas aconteceram e assim o mundo o viu
Que pela vida o céu brilhou e para ela sorriu
Na caixa de pandora voltou a essência de quem sonhou
Pela virtude de quem a abriu e que para sempre o mundo amou
Para
http://sonhodesonhar.blogspot.com/
sexta-feira, junho 08, 2007
Retrato do poeta
O que eu não me ri com aquele gajo ali
Gordo, careca com camisa de cetim
Com uma barba de Lenine
E pelo que vestia só lhe faltava o popeline
Sentava-se naquela estratégica mesa de café
Mesa essa que para ele tinha de ser de tripé!
Tinha uns óculos que assentavam num bigode
Apercebi-me que era tipo para quadra,soneto ou ode
Reparei que também era bem magrinho!
E ali na esplanada só bebia café nada de cerveja ou vinho!
Era uma figura pacata, pela indiferença não causava confusão
Ali estava de perna cruzada pelo Almada pintado a mão
Vim a conhecer este individuo melhor
Como ele me disse..Cá estamos sim senhor!
Vi que estava acompanhado pela multidão da palavra
Em que pela caneta no papel a sua imaginação lavra
Gordo, careca com camisa de cetim
Com uma barba de Lenine
E pelo que vestia só lhe faltava o popeline
Sentava-se naquela estratégica mesa de café
Mesa essa que para ele tinha de ser de tripé!
Tinha uns óculos que assentavam num bigode
Apercebi-me que era tipo para quadra,soneto ou ode
Reparei que também era bem magrinho!
E ali na esplanada só bebia café nada de cerveja ou vinho!
Era uma figura pacata, pela indiferença não causava confusão
Ali estava de perna cruzada pelo Almada pintado a mão
Vim a conhecer este individuo melhor
Como ele me disse..Cá estamos sim senhor!
Vi que estava acompanhado pela multidão da palavra
Em que pela caneta no papel a sua imaginação lavra
Sinto-me Cansado
Sinto-me cansado
Entrei aqui já meio entornado
Só tu sabes as horas da noite
Em me serves este gin e o whisky marado
Sinto-me cansado
Neste lado do bar sei que estou ao copo agarrado
Viras-me as costas de frente
Com um sorriso que faz-me esquecer o passado
Sinto-me cansado
Ao som das musicas roucas e ritmo compassado
Cantas-me aos meus olhos uma melodia consciente
Em palavras de sim e de muito obrigado
Sinto-me cansado
Vim porque quero mais do que aqui estar sentado
Neste balcão onde sou cliente e me acendes um cigarro
Pensar que afinal sinto-me, sinto que estou ao teu lado
Entrei aqui já meio entornado
Só tu sabes as horas da noite
Em me serves este gin e o whisky marado
Sinto-me cansado
Neste lado do bar sei que estou ao copo agarrado
Viras-me as costas de frente
Com um sorriso que faz-me esquecer o passado
Sinto-me cansado
Ao som das musicas roucas e ritmo compassado
Cantas-me aos meus olhos uma melodia consciente
Em palavras de sim e de muito obrigado
Sinto-me cansado
Vim porque quero mais do que aqui estar sentado
Neste balcão onde sou cliente e me acendes um cigarro
Pensar que afinal sinto-me, sinto que estou ao teu lado
domingo, março 11, 2007
Deixa-me perder pelas ruas...
Deixa-me perder pelas ruas...
Encontrar o sol em forma de mil luas
Esganar-me com a fome de viver
Estar aqui e daqui poder-me perder
Deixa-me perder pelas ruas...
Pelas vozes do presente que estao nuas
Despidas de odiosos burburinhos da verdade
Que pelas maos acaricio a sua castidade
Deixa-me perder pelas ruas...
Em pele de vida em que me tatuas
Imagens de vento e sons mudos
Aos olhos dos cegos e ouvidos dos surdos
Deixa-me perder pelas ruas...
Pensamento só em ideias tuas
Rendilhado numa vontade que debruas
A ti peço..Deixa-me perder pelas ruas...
Encontrar o sol em forma de mil luas
Esganar-me com a fome de viver
Estar aqui e daqui poder-me perder
Deixa-me perder pelas ruas...
Pelas vozes do presente que estao nuas
Despidas de odiosos burburinhos da verdade
Que pelas maos acaricio a sua castidade
Deixa-me perder pelas ruas...
Em pele de vida em que me tatuas
Imagens de vento e sons mudos
Aos olhos dos cegos e ouvidos dos surdos
Deixa-me perder pelas ruas...
Pensamento só em ideias tuas
Rendilhado numa vontade que debruas
A ti peço..Deixa-me perder pelas ruas...
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